quinta-feira, abril 09, 2009

Psicologia da Libertaçao

A Psicologia da Libertação providencia uma análise do dano psicológico associado com a opressão. Procura desenvolver praticas que transformem padrões psicológicos negativos, e facilitar a tomada de medidas em relação a alterações sociais.

Psicologia da Libertação concentra-se no impacto nas condições de opressão social, como violência, tortura, pobreza e racismo num funcionamento psicológico, indo desde o self e identidade até à criatividade e espiritualidade. Psicologia da Libertação deseja não apenas o empowerment de indivíduos presos em ambientes não saudáveis e desumanos como também resistir a opressão e trazer mudanças sociais através de reformas sociais e politicas. Psicologia da Libertação é específica no contexto e esta assente em experiencias reais de injustiça social, opressão e libertação.

(Moane, 1999, cit. in Costigan, 2004)

Psicologia da Paz


Psicologia da Paz é o termo traduzido à letra de Peace Psychology, dado que não existe termo em português até ao momento.

A Psicologia da Paz surgiu no final dos anos 80, no período pós Guerra-Fria, no entanto ao longo de todo o séc. XX, psicólogos tem estado interessados em termos como conflito social e violência.

A Psicologia da Paz procura desenvolver teorias e praticas com o objectivo de prevenção e mitigação da violência directa e estrutural. Enquadrada positivamente, a Psicologia da Paz promove uma gestão não violenta de conflito (peacemaking) e de alcance da justiça social(peacebuilding).

(Christie, Wagner, & Winter, 2001)

Estado Novo/ 25 de Abril

Estado Novo
Regime político ditatorial que vigorou em Portugal de 1933 a 1974. Este regime foi também chamado de Salazarismo, em referência a António de Oliveira Salazar, fundador e líder deste regime.

O Estado Novo foi um regime autoritário, conservador, nacionalista, corporativista de inspiração fascista, parcialmente católica e tradicionalista, de cariz anti-liberal, anti-parlamentarista, anti-comunista, e colonialista.

O regime criou a sua própria estrutura de Estado e um aparelho repressivo, a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), apoiando-se na censura, na propaganda, nas organizações paramilitares, nas organizações juvenis, no culto do "Chefe" e na Igreja Católica.

A PIDE exercia actividade em todo o território português no sentido de evitar dissidências nas organizações civis e militares. Era temida pela utilização da tortura e foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do Partido Comunista Português, José Dias Coelho e do General Humberto Delgado.

25 de Abril
Data do golpe de estado que derrubou o regime ditatorial em 1974. O nome dado a este evento foi a Revolução dos Cravos (sendo o cravo o símbolo desta revolução). Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política e da Censura e a libertação dos presos políticos Além disso, foi permitida a criação de sindicatos livres e partidos. Foi também possível aos líderes políticos da oposição no exílio voltarem ao país nos dias seguintes. Pela primeira vez em muitos anos, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas.

quarta-feira, abril 08, 2009

Introdução ao Blog

Em tempos em que vemos o 25 de Abril como algo distante e que a Psicologia se tornou uma ciência que procura explorar vários campos não só de carácter biológico mas também no campo social e politico, procuramos abordar este acontecimento que marcou toda a historia e cultura actual de Portugal.
Como estudantes de psicologia, procuramos explorar como vários conceitos presentes no Estado Novo influenciavam o Portugal da altura. A forma como a censura e opressão condicionaram gerações que viveram durante anos sob a alçada de uma ditadura. E, ainda, que contributos poderia ter fornecido a Psicologia da Paz numa sociedade caracterizada pelo Salazarismo.
Para tal achamos necessário a definição de alguns conceitos que servirão de base nos futuros posts (tais como Psicologia da Paz, Psicologia da Libertação, etc.), bem como uma pequena contextualização da época Salazarista em Portugal.